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Quanto mais observo e escuto o que se passa à minha volta, mais me convenço ser verdade algo que há poucas semanas me foi dito cara a cara, olhos nos olhos - tu se calhar, estás mais próximo da verdadeira liberdade do que qualquer outra pessoa que conheça.
Sempre pensei exactamente o contrário. Sempre achei que era muito mais prisioneiro de paixões e sonhos do que própriamente em liberdade para o que fosse. Nada se consegue comparar quando nos colocam na posição de secundário em relação a animais de estimação, porque somos incapazes de, mesmo que por segundos, agir ou reagir como pretendem que assim seja.
Mas, se calhar em alguma volta mais escarpada, perdi a noção dessa liberdade. E para isso, se calhar alguém será necessário para me alertar deste facto. Talvez eu seja realmente livre; não totalmente, porque essa canção de absoluta libertação só pela morte chega. Mas o mais livre possivel. E porque não? Se desde muito cedo deixei de acreditar em profetas ou em livros de profecias. Pode ser que a libertação seja o meu ardor por ganhar dinheiro e gasta-lo em expêriências, como nadar junto aos golfinhos, olhar o lobo mais negro que possa imaginar nos olhos e sentir-lhe o arfar quente no rosto.
Creio que a liberdade pessoal é algo bem mais precisoso do que muitos imaginam. Dói e faz sofrer, tanto fisica como mentalmente. Raramente é aceite e muito menos compreendido pelos que me rodeiam. Vive-se com uma extrema intensidade. Essa intensidade assusta os que não aceitam, mas para mim é viciante. É poder dizer que eu não sou apenas uma parte do todo. Que é verdade, só eu próprio me posso libertar.