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Dissemino agora as minhas incertezas. Sobre tudo. Sobre todos. E pudesse eu tornar-me indistinto, também. Nada se perderia. Apenas mais um sopro vital. Apenas isso.

Basta-me olhar-te nos olhos. Que depressa me revejo. Confuso e tão certo! Num olhar apenas ...

Já nem espero perdão. Já me sei pecador. Impoluto de boas intenções. Benesses de quem não se orgulha de si próprio. E eu sou um cão orgulhoso. Mas lembro-me do teu riso. Todos os dias. Porque sem ele, não consigo suportar a minha existência.

Porque me sei impuro, cultivo o teu toque num recanto da minha alma. O recanto mais claro. O mais luzidio. Para os dias de tempestade. Para que me conduzas. A portos de salvação.

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Esta lei contra o  cristianismo é o capítulo final do livro O Anticristo,  de F. Nietzsche, onde pura e simplesmente, se encerra a era cristã. Com o seu fim, todas as leis que violentavam  tudo o que era natural, terminavam. Fim do retrocesso moral do homem.
" Dada no dia da Salvação, primeiro dia do ano Um (- a 30 de Setembro de 1888 pelo falso calendário).

Guerra de Morte ao Vício:
O Vício é o Cristianismo

Artigo Primeiro - É viciosa qualquer forma de contranatureza. A mais viciosa espécie de homens é o padre: ele ensina a contranatureza. Contra o sacerdote não se usam argumentos, usa-se a prisão.

Artigo Segundo - Toda a participação num ofício divino é um atentado contra a moral pública. Seremos mais implacáveis contra os protestantes do que contra os católicos, mais duros contra os protestantes liberais do que contra um fundamentalista. Quanto mais próximo se está da ciência, maior é o crime de se ser cristão. Por conseguinte, o maior dos criminosos é o filósofo.

Artigo Terceiro - O lugar maldito onde o cristianismo chocou os seus ovos de basilisco será completamente arrasado e, sendo sobre a Terra o local sacrílego, constituirá motivo de pavor para a posteridade. Nele serão criadas serpentes venenosas.

Artigo Quarto - A pregação da castidade é uma incitação pública ao antinatural. Desprezar a vida sexual, enxovalhá-la com a noção de «impuro», esse é o verdadeiro pecado contra o Espírito Santo da vida.

Artigo Quinto - Comer à mesa com um sacerdote exclui-vos, fazendo-o excomungam-se da proba sociedade. O sacerdote é o nosso tchandala - será proscrito, privado de alimentos, expulso para todo o tipo de deserto.

Artigo Sexto - Dar-se-á à história «sagrada» o nome que ela merece, isto é, história maldita; as palavras «Deus», «Salvador», «Redentor», «Santo» serão usadas como insultos, para com elas execrar os criminosos.

Artigo Sétimo - O resto nasce aqui. "

Por alguma obscena razão da natureza, cada vez morremos mais tarde. Cada vez vivemos mais anos. Estaremos, suprema ironia(!), condenados a viver cada vez mais, atormentando-nos uns aos outros? Será por isso, que cada vez queremos viver mais anos?

A vida não nos larga. Castiga-nos. Pois não tendo nada porque viver, se calhar não temos nada porque morrer ...

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Nem sei porque me devo preocupar com uma mera possiblidade. Com a possivel existência de um destino. Um porto a que chegarei. Algo traçado desde o ínicio. Sem consentimento meu. Sem que eu pudesse emitir uma opinião.

Como posso eu acreditar em destinos desenhados? Na humilhante possibilidade de, ainda no útero humano, algo, ou alguém decidir por mim. " Que seja este o teu caminho. Acabarás assim!"

Conceber um qualquer fado. Não precisar de me preocupar. E ainda assim, mesmo ralado, não poder alterar nada.

Para que sirvo então, eu? Se já estou marcado. Se nada do que penso ou faço, pode alterar tal estatuto? Prefiro pensar que ainda posso escolher. Possuir a tal soberba. A tal qualidade de dizer sim. Ou não. Não aceitando nada que me seja destinado.

A única marca real com que realmente nascemos, na nossa mais profunda essencia enraizada, é a da solidão. Caminhamos sós. Quer achemos pessimismo, ou não. Quer estejamos apaixonados. Que apenas vejamos qualidades. Sem defeitos. E se o meu destino já está traçado, que me torne omisso de sentimentos. Pois não adiantam nada. Nada do que faça modificará a minha condição. Nada tem realmente sentido.

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Onde percorrer um caminho que não me conduza ao martírio?

Onde posso caminhar, na sombra de anjos, em quem já não acredito?

E transformar todas as lâminas que me vazam a virtude, em monstros dóceis.

Aos meu olhos surges, vontade de gritar! Cegueira consumada.

Na indolência deste estado, gravita a loucura.  E a frustração.

Para além da minha própria vontade.

Muito mais longe do que a minha raiva.

Resta a minha paixão.

Parasítica adoração.

De punhos cerrados, sorriso surdo, estado latente ...

... Animal enjaulado.

Não deixo de pasmar com a falta de simplicidade das pessoas. Afastam-se das opções mais claras e simples. Mais directamente ligadas com os sentimentos e a visão pessoal. Tantas vezes mais simples.

Preferem complicar. Batalhar por soluções mais agradáveis ao seu ego. Acima de tudo, pasmo com a extrema vontade de aprovação de que padecem! Emitem opiniões. Na maior parte das vezes, recicladas, para que possam ser aprovadas. E revoltam-se! E como se revoltam contra as injustiças! E nem um pingo de simplicidade.

Já notei que a simplicidade é também um estado de alma. Não a simplicidade tacanha. Não a simplicidade dos ignorantes. Dos que sustentam o seu animismo com atitudes de passividade submissa.

A simplicidade que respeito, é a que se revela por meros gestos ou palavras. Sinceros. Ditos e feitos no momento. Sem alarde ou drama. Nada me deixa mais desconcertado do que uma palavra simples. Um gesto directo à alma. Simples. Mas tão complexo!

A simplicidade, é pois, difícil. Para os que se pensam simples e são apenas simplórios. Para os que se julgam sábios e são apenas torpes.

Luto para atingir essa simplicidade, todos os dias. Revelar-me como sou, apenas se torna um dos muitos caminhos que percorro. E quanto mais simples tento ser, mais complexo me torno.

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"A compaixão pelos animais
está intimamente ligada à bondade de caráter,
e quem é cruel com os animais
não pode ser um bom homem."

 ... Arthur Schopenhauer

 

 

"Não há diferenças fundamentais entre o homem e os animais nas suas faculdades mentais...os animais, como os homens, demonstram sentir prazer, dor, felicidade e sofrimento. "


  ... Charles Darwin 

 

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Algo que realmente me perturba, é quando alguém me aborda na rua, e chama pelo meu nome. Diz recordar-se de mim, pelo meu andar. E pela cor dos meus olhos ... E eu não consigo identifica-la, nos primeiros minutos.

E essa pessoa, que já me foi intíma, se lembra de mim. E finalmente, me relembra ...

 

Então, passo o resto do dia a lembrar-me ....

... E a recordar ....

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A minha fonte de glória, despudor

jorra de entre os teus lábios

entreabertos, sibilantes

antecipam o meu beijo, portanto caótico

 

Sinuosa, senhora da minha existência

sussurras o meu nome

ordenas que me vergue, a ti

faço-o, sem me importar

 

Incenso, queimando o ar

a tua transparência, suave arquejar

melodia para o meu olhar

sentidos em polvorosa, viajantes

 

Mãos que tocam, sinalizando

prazeres que anseio,

que me ofereces, conhecedora

por tua estima sobrevivo

 

Sou decrépito

sem a tua paixão, de tantos anos!

morreria, sem ar

não fosse por tuas carícias, que saram

 

Tu, só tu

mordendo a minha pele, dentes brancos

ateando o fogo, consumindo

até que me torne animal exausto.

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Alimento esta fome. Esta vontade. Prefiro  o corte da lâmina. O golpe do bisturi.

Abomino a saudação contemplativa. Odeio a candura das pessoas que tentam apaziguar. O que não é possivel apaziguar.

Que venha o corte. Que seja mais um! Assim deve ser, comigo. Magoa. Está muitas vezes, neste bisturi, a noção perfeita do que são feitas a minhas ilusões. Meros véus de existência. Apenas isso.

Mas também o sei. Que por cada corte, mesmo que  muito profundo, um eco é escutado. E é sempre pessoal. Verdadeiro. Não me ilumina o caminho. Nem sequer é escutado por outro que não eu, mas é música! É canção.

Estranha vontade. Não fugir da dor. Mas por  cada corte há sempre um aprender. E aprendi algo primordial à minha conduta. A capacidade quase inumana, de me suturar. Coser cada ponto com perícia. E paciência. Tanta paciência! Nada fica como antes. A alma torna-se numa manta de retalhos. Abrasiva e despontante.

Esta fome de cortes e de bisturi, é uma musa prostituta. Inspiradora. Dominadora. Mãe de todas as minhas visões. Mas castradora. Possessiva. Irresistível, porque mostra o caminho a seguir ....

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