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" Oh i don't pretend to be human
My wills, ashes and dust
Just the weakness of a murdered soul
I'd like to regret all I've done
But yet now, all I feel is gone
Like a ghost in daylight's fire... "

IF

A paixão sentida por outra pessoa revela-nos. Exige, antes de qualquer outra acção, que nos transformemos. É uma virose de morte lenta. Um sentimento de inutilidade e ainda assim, uma inesgotável vontade de possuir física e mentalmente. Acredito sinceramente, que se torna maligna para criaturas como eu. Sinceramente. Senão, porque razão só me consigo sentir descansado em dois estados de alma? Que só necessite de uma companhia em mim e quando assim não é, que cada vez mais prefira a solidão dos momentos em que me afasto? Depois? Uma febre estranha, compensada por tragos de vinho que não apagam nada! Por fumo que apenas esconde mais um daqueles dias onde cada vez mais almejo viajar para longe. Nunca foi fácil para mim conviver com tal imensidão emocional. Porque se misturam as saudades de um beijo em lábios carnudos, a extrema punição que é não poder olhar os olhos imensamente negros todos os dias e em todas as horas. Sei seguramente, que por cada minuto sem poder tocar numa pele tão branca e uns cabelos negros tão longos, me está a assassinar lentamente. Esta é uma condição de morte. Sei qual  é a importância de todas as outras pessoas que me rodeiam para além disto. Um céu sem estrelas incapaz de me forçar a ficar. Assombram os dias que restam até à minha ida. De vez.

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"Dead words speak
They speak to me at night
And sometimes I get frightened
Gives no peace
They hunt me at night
And sometimes I get frightened
'cause sometimes they are right..."

Eu respiro este sentimento, uma reflexão tão real e tão plausível que se torna num processo doloroso de admissão. Não sou perfeito. E tu também não és perfeita. Mas consegues fazer-me rir, por poucas vezes que sejam. E consigo pensar duas vezes, que admitas ser exactamente como eu: humana e capaz de cometer erros. Como eu. Eu não sou poeta ou trovador de boas novas. Longe disso. Penso em todos os momentos e sou incapaz de viver sem esta raiva, mas sabes que rasgarei uma parte de mim para a tua  sobrevivência? Alguém que não pretende que eu mude, conheça as minhas agonias e que não espera mais do que eu posso dar. Sim, é isso. Alguém que sorri quando consigo despertar felicidade e que grita quando a enfureço com tudo o resto que desprezo e incapacidade de permanecer quieto. Mas, estranha emoção, alguém que sente a minha falta quando não estou. Que admite uma saudade faminta. E que me ama de maneira possessiva até há exaustão física. Sabemos que a perfeição não existe. Apenas uma promessa feita que tem de ser mantida.

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Existe escuridão. Uma imensa escuridão. Como um vasto abrir de boca e eu acredito ser a única coisa, substancia, infinita. Realmente sem fim. Porque se estende em todas as direcções, distâncias, mentes e corpos. Assustadora, porque não tem fim, a sensação de profundidade não existe. Mas, acima de qualquer conceito de deuses, anjos e demónios; acima do que seja bem ou mal, a escuridão é imortal. Aterradoramente, sem morte. Aos que acreditam na existência de uma luz salvadora, seja pela iluminação da mente, seja pela tentativa de caminhar sempre longe das sombras, eu gostaria de afirmar que embora possa ser pura, intensa e ardente em coragem, todos os dias da minha vida eu testemunho que essa luz é rara e praticamente inexistente na maior parte do que nos rodeia. E a escuridão é também ela, feroz e ardente. Intensa. Imensa. Mas mais importante, não existe praticamente nada nesta escuridão. Apenas pequenos fragmentos, aqui e ali, de luz  a que muitos chamam emoções. Erradamente. Porque a verdade  assenta numa e apenas uma imagem: nós pregamos a escuridão! Não inspiramos esperança, apenas o caminho das sombras. Talvez caiba a cada um de nós encontrar consolo nisto. Na ideia de canções de luz com palavras de escuridão. De felicidade onde apenas existe nada.

Nunca me ocorreu que a minha vida pudesse, fosse qual fosse a  situação , estar ligada a outra de uma forma tão visceral! Nem sequer assim sinto que tenha sido em relação à minha mãe que me carregou nove longos meses, alimentou  e dominou para protecção do mundo exterior. Não sou lobo de alcateia, sinceramente. Não obedeço a regras de obediência e mesmo sabendo que lhe rasguei o coração em tiras, voltei as costas e decidi sair do grupo. Mesmo amando-a de forma única, sei que nunca me vou arrepender. Porém, não existe fuga possível perante os momentos em que olhamos o rio gelado e desejamos, ambos e em plena harmonia, que assim se mantenha. Que nada substitua o brilho do gelo e que ali não corra água. Talvez por receio de que se a água correr, as correntes sejam demasiado fortes e consigam quebrar o nosso abraço. Sabermos o nome um do outro, sei que não chega. Antes me aquece o conhecimento de que assim é melhor, quando todos os outros já me traíram. Que só uma ligação como esta permanece. Que a nossa escuridão apenas se revela a nós próprios. Sinto-o! Sinto-o de uma forma tão potente e tão intensa que quase adivinho a minha morte. Não se explica, nem se analisa. Sente-se e consome.

 

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