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Comentário no post Sulfuroso existir? ....

Pois eu sou amiga pessoal da pessoa extraordinária e corajosa que este senhor aposta em atacar. Por dentro da situação do início e pergunto-lhe. Um homem que passou tempos terriveis que se arrastaram pelos bancos da escola, usou auxiliares de locomoção e um par de botas, passar pelo que passou não o faz ter mais ternura por outros e não lhe chamar coxo ou manco? Não seria o que lhe chamavam e não suportava? Como é que diz passar um martírio e em publicações atrás, afirma que saiu muito jovem de casa aos 13-14 anos e foi viver sozinho. Fez-se homem a pulso. Não conjuga uma coisa com a outra, pois não? Se pode viajar, porque vai humilhar os que não podem e desafiá-los? Igual foi a história da criança com cancro e do pai extremoso que embalava corações e maior parte das pessoas pensou ser sua filha, verificou-se tudo mentira. Ser alguém que conhece, lidou e depois foi gozar com a amiga dele Iza a chamarem de ignorante e burras A pinki por exemplo? Porque falou do assunto como falou levando as pessoas ao erro. Era para cativar corações?

. Porque o faria se não tivesse problemas de peso. À minha amiga disse-lhe num comentário não dever o peso, incomodá-la, pois nos 3 formatos de corpo que já teve, nunca foi impedido de conquistar ninguém. Leia para trás! Vá, ler! Há muito que não bate certo- Quem é a pessoa que deseja a morte ao seu semelhante, como faz levianamente. Sem estar por dentro da vida deles cobre de famas e suspeitas. Onde vai buscar a ideia que a minha amiga é freira, beata uma mulher que raro a vejo nessas lidas, logo se arreda dessas conversas e pessoas. Ele que chame às amigas que estudarem em conventos beatas. Qual a soberba de palavras como Cunt e outras. O homem perde o controle e parte tudo à volta quando se enfurece até a outra dizia que ele era um cavalo. Este homem é uma fraude. Um logro. A balada que dá as mulheres é sempre chapa um. Não varia e elas caem que nem tordos. É este o homem que não é preconceituoso nem desenvolve fobias sociais e emocionais contra outros?

Desconhecido (IP: 212.227.24.42) a 30 de Janeiro 2017, 11:25

 

 

 

Reconheço que não tinha qualquer intenção de dar  resposta a este ( assim como outros que depressa aqui caíram ...) comentário. Porque tenho muito mais que fazer e como já antes afirmei e volto a repetir - canso-me de imbecis com facilidade. Mas este pesadelo de palavras está tão grotescamente atafulhado de sodomização mental, tão barbaramente desconexo de sentido racional que não consegui resistir ao seu terrível apelo de descida ao patético. E creio que será, desde já um ótimo exercício de filha de putice que tanto gosto!

 

- Portanto, falamos de extraordinária, corajosa e sempre atacada? A mim parece-me desde logo um auto elogio que não lhe assenta nada bem. Se me engano é ainda mais estúpido porque de extraordinária e corajosa a criatura em questão nada tem. Tal como a desconhecida que se  indigna, assim comentando anónima e escondida entre as teclas de uma máquina, nada tem de coragem. É apenas mais um rato à procura de migalhas. Repare, não fui eu que entrei no buraco da extraordinária e  para me provocar fiz um link para o meu blog para alimentar uma discussão sobre um tema merdoso como "Para a minha editora? ... Qual de elas?", que além de mal escrito já foi apagado. Na sua mente isso é coragem. Na minha é desejo de atenção e covardia simplória.

 

- Desconhecida, em lado algum eu me arrastei pelos bancos de escola. Essa é uma condição atribuída a si e aos que acompanha. Entendeu mal, idiota: as muletas eram um auxilio para os dias mais agrestes! Não eram uma obrigação e eram apenas usadas para longos caminhos porque gosto de caminhar. Nada que me envergonhe e voltaria a fazê-lo. Exatamente da mesma maneira: sem lamentos. 

 

- Um par de botas!?? Em lado algum eu disse ou escrevi o que quer fazer transparecer! Tenho uma paixão imensa por botas. Uso botas muitas vezes e até porque visito um pais muito frio com assiduidade isso torna-se imperioso. Uso botas muitas vezes e adoro-as! Mas nunca usei botas ortopédicas, sua cretina inculta! Isto prova que, e mais uma vez, está a confundir algo. E pior, estará com certeza a referir-se a outra pessoa.

 

- Pergunte à beata porque lhe chamo, carinhosamente, manca! A mim nunca me foi atribuído esse nome porque nunca fui coxo ou manco. Nem sequer coxo ou manco mental! Uma vez mais, errou sua cretina!

 

- Jamais e em lado algum eu escrevi ter saído  de casa aos 13 - 14 anos de idade e ainda para mais para ir viver sozinho, sua iludida militante!  Tem a ideia da estupidez que escreveu? 

 

- Realmente saí de casa para viver sozinho muito cedo, mas garantidamente não com essa idade. Já mais do que uma vez referi isto e você nada tem a ver com isso. Mais uma vez está a confundir-me com outra pessoa, idiota! Não sou eu e você não me conhece.

 

- Adoro viajar e tento sempre viajar ainda mais. Não devo nada a ninguém e programo os meus ganhos para isso. Tente fazer o mesmo em vez de chorar a sua desgraça! Não humilho ninguém com isso. Provoca-me acessos de riso, ouvir almas puras e extraordinárias falar e sonhar com paisagens que nunca viram ou irão ver e depois pensarem que se pode viajar em pensamento. Não!

 

- Extremosa incapaz, eu nunca afirmei, onde quer que fosse que essa criança era minha filha! Essa ideia parece ter sido propagada por uma outra incapaz e nunca o foi por mim, sua cretina! Isto significa que eu não posso sentir afeto por uma criança? Que tenho de ser seu pai para a ajudar ou apoiar? Em que é que eu menti, despeitada farsante? 

 

- Essa criança é parte da minha vida. É a minha princesa e daria a minha vida por ela. E não preciso de ser seu pai ou sequer amante da sua mãe que é da minha família, sua ignorante. Não deixarei de ser extremoso. Principalmente após testemunhar a inutilidade do seu comentário preconceituoso e confundido. Principalmente porque me  demonstra a sua opacidade.

 

- Diga-me cretinoide, quem é que eu conheço e lido e depois fui gozar, juntamente com a amiga Iza?  Não sei do que fala e muito menos porque se preocupa. Não conheço nenhuma "Pinki"  e quem se aproxima desse nome também não me conhece. Apenas achou que eu daria um excelente saco de pancada e juntamente com a gorda - perdão! - senhora com excesso de peso, pensou em arrastar-me para o meio de uma merda qualquer! Que realmente não me diz respeito. No entanto, acho que deveria questionar a minha amiga Iza sobre o facto. Garanto-lhe que lhe dará uma resposta muito mais satisfatória. Uma vez mais, confundiu algo.

 

- Lamento desaponta-la, mas nunca fui gordo. Bem gostaria de ter muito mais peso, mas realmente não.  E aqui, perdoará cara ignorante, devo afirmar-lhe que me ri a bom rir! 

 

" Este homem já foi gordo e prova-se. Numa postagem do inicio fala que “ela” lhe mandava beber leite magro!!!" - A sério!! Por amor de Azazel! Consegue sentir o perfume, a mais intensa cretinice aguda desta frase? Por favor, contenha-se! Porque esta é de antologia e sei que irá aquecer as minhas noites para o resto da minha vida. Gostaria que me demonstrasse onde escrevi isso. Gostaria que, por uns segundos apenas, fosse racional. Nunca afirmei isso. Se o fiz você está a retirar de contexto e principalmente: para beber leite magro preciso de ser gordo? Sabia que neste momento, mais de 50% da população que consome leite, consome-o magro? Que é mais saudável do que o leite gordo? Sua degenerada, existe um grande número de pessoas que não têm problemas de peso e ainda assim prefere o leite magro! Beber leite magro não é condição de excesso de adiposidade. É uma escolha mais saudável. De novo, está a confundir-me com outra pessoa.

 

- De facto e porque não consigo ganhar peso, eu bebo leite gordo! Ouviu? Gordo! É a minha escolha, sua ignorante!

 

- Freira - beata e já agora santa e nobre. Porquê? Porque se vitimiza sistematicamente. Porque nunca faz mal a ninguém e só "pretende" a paz e a harmonia. Se fosse apenas com o Fleuma até poderia aceitar que estava errado. Mas reveja a legião de inimizades desta criatura e tire as suas próprias conclusões. Idiota!

 

- Raramente a vê nestas lidas e logo se arreda? Ilumine os meus caminhos, pequena larva, em que mundo é que você sobrevive?  Tem a certeza do que afirma? Porque está a mentir.

 

- Não sei quem me chamou "cavalo" - está a falar de outra ilusão sua? Mas veja do meu prisma: cavalo é um elogio. Animal nobre e orgulhoso. Coisa oposta? Larva, verme, gorda, rechoncha e mentirosa. E depois acrescente, doce desconhecida: além de cavalo também sou filho da puta e paneleiro. Coisa oposta? Parasita, beata, estúpida e inútil. Reconheça, o mundo gira e é maravilhoso!

 

- Eu sou um logro? Deveras?? 

 

Porém não sou despeitado ou rejeitado. Não comento anonimamente e careço de atenção no meu mundo de farsa. 

 

Explique por favor que baladas canto eu e quantos tordos é que já caíram. Já antes afirmei que pareço ter 3 amantes por estes lados. Realmente! Só mesmo um cavalo para aguentar!  E se calhar você gostaria de ter sido um desses tordos, não é? Mas não. Sou demasiado seletivo com os meus demónios.

 

Adeus e foi um prazer notar que continua a confusão e atribuição  de palavras e atos que não me pertencem. Mas pronto! Já teve mais um pouco de atenção, sua incapaz.

 

 

"The first I know, unknown to rulers,
Or any human mind;
Help it is named, for help it can give
In hours of despair....

 

The Wise one has spoken the words in the hall,
Joy to him who understood! 

 

...As the darkness fell and gone was solens light
The silence ruled amongst the men of heathenpride,
Who gatheren in a mighty battle-line
And awaited their Gods to give the final sign..."

 

Comentário no post Sulfuroso existir!

O preconceito para com as gordas, é visceral.Ora são burras, ora são infelizes...Claro que gordura, não é beleza.Claro que uma mulher elegante e esbelta é bem mais bonito de olhar...Enfim...Preconceito, é preconceito.É isso.:)Mas é triste que assim seja.Pese embora não interesse nada, ainda que escreva aqui uma mulher gorda,que curiosamente gosta da forma soberba como faz exercícios com as palavras.O ser humano será sempre um mistério permanente.

 

Desconhecido  a 27 de Janeiro 2017, 12:59

 

 

Não tenho qualquer preconceito para com os gordos ou gordas. Está enganada. Talvez o seu pensamento fosse outro se em vez de escrever gorda antes fosse peso a mais? Ou rechoncha? De facto, qualquer outra palavra que fosse significaria o mesmo. Exatamente igual. Apenas seria politicamente mais correto?

 

A partir do momento que afirma que uma mulher elegante e esbelta é mais bonito ao olhar e que a gordura não é beleza, está a padecer do mesmo que acusa: preconceito. Porque isola quem é gordo e o reduz a uma condição de inferioridade perante o seu conceito de beleza. Repare que afirmo o "seu" conceito. Não o meu ou de outra pessoa. Seu. 

 

Aqui sim, é triste. Porque nem toda gente concorda consigo e se calhar até existe quem ache belo as formas avantajadas. Porventura existe quem não se reveja no que escreveu e ache preconceituoso que a cara desconhecida ache que o "elegante" e "esbelto" é mais bonito ao olhar. Sabe, é redutor e perigoso afirmar isso de uma maneira tão, direi, pronta.

 

Eu sou o contrário. Tenho imensa dificuldade em ganhar peso real. Sofro, desde os meus 5 anos, de uma disfunção muscular que se agravou com a idade. Há uns anos um especialista ortopédico diagnosticou-me uma mais do provável estadia numa cadeira de rodas. Permanente. Tais eram as dores cervicais e incapacidade de locomoção. E que tem a ver com isso? Perguntará. E já agora, que tem isto a ver com a gorda?

 

Nada e tudo. Sabe, cara desconhecida, ter dificuldade em ganhar peso não é uma bênção. Enfraquece os ossos e destrói o sistema nervoso. Caminhar dobrado pelas dores musculares, em muito derivado a essa mesma falta de peso e massa muscular que ajude a manter o corpo direito, é um dos poucos pesadelos que me assustam. Não me venha falar de preconceito! Muitas vezes me foi negada a possibilidade de estar sentado numa cadeira de faculdade porque não conseguia estar direito. E muitas foram as vezes que permaneci em casa durante as crises porque os meus professores achavam que a minha postura nas aulas distraía os outros colegas. 

 

E sabe o que fiz, cara desconhecida que tão solidária com a criatura que acha cujo o nome não interessa parece estar? Decidi que o especialista estava enganado. Segui o caminho de uma outra pessoa que me demonstrou que tudo o que eu necessitava era de ganhar peso e aumentar a minha massa muscular. Estranho, que nenhum outro especialista tenha sequer sonhado com isto. Sabe, contrariamente à gorda que aceita a sua condição e se limita a ir vivendo com tal condição, eu nunca aceitei a minha. E luto todos os dias. Todos! Cada grama de peso que já ganhei e cada aumento de massa muscular que tenho acumulado é o resultado de disciplina e vontade férrea. Existe quem ache ser uma força da natureza apenas porque um dia acordou com esse pensamento. Obviamente são ilusões de criaturas iludidas. 

 

Se hoje, para os padrões normais eu sou um homem maciçamente musculado, nada tem a ver com o conceito estético. Não é narcisismo. É necessidade. É essa massa muscular, essa força física que me permitiu abandonar as muletas e caminhar ereto. Não como um corcunda de notre dame! Oposto à gorda, eu como não para me saciar e por gula! Como para ganhar peso que me permita ter força. Vê, cara desconhecida? Luto contra o preconceito e a certeza do especialista. Prefiro manter estas mãos enormes e fortes do que lamentar a minha sorte. Prefiro ter as costas tão largas como um armário a necessitar de 20 minutos para chegar do meu quarto à casa de banho porque a fraqueza muscular me estava a assassinar silenciosamente!

 

Nada tenho contra quem é gordo. Mas não aceito desculpas de quem se lamenta e logo a seguir se empanturra de doces e salgados e até os promove no seu buraco. Cada um aceita o que quer aceitar, é um direito. Mas há quem seja gordo e prefira insultar os outros com as suas tentativas de intriga e linchamento. Quando deveria pensar mais em si e menos no que fazem os outros. Menos em viver em função do que dizem ou fizeram terceiros. Não sou preconceituoso e creio que o seu comentário esconde muito mais do que quer fazer transparecer. Mas o facto de eu utilizar a palavra gorda já me foi apontado por outras pessoas. E precisava de um esclarecimento. Cada um é como quer, mas se é gordo é gordo. Mesmo que seja uma gorda feliz!

 

Se ora são burras ou infelizes é mais uma vez, uma generalização sua. Não minha. Embora esta seja burra e infeliz. As razões já especifiquei muitas vezes.

 

O ser humano é um mistério? Sem dúvida! Mas uns são misteriosos caminhos. Outros são misteriosas interrogações: porque razão existem?

 

 

 

 

O mundo é cada vez mais solitário entre os buracos habitados onde o nome não interessa. Uma santa criatura, em ano a si dedicado, porque desespera em solidão cada vez mais profunda, só por citações ténues e frágeis chamadas ao meu pardieiro consegue despertar a minha atenção. Mesmo que, de forma sistemática e humilhante, submetida a uma fome nunca aquietada, permaneça pelos meus caminhos. Incapaz de se libertar das correntes da rejeição. Cega! Inerte e um farrapo a penar.

 

A cara santa, de nome sugerido numa qualquer fantasia maternal, continua a estar presente. Contrariando leis naturais de seleção. Insiste, no seu assombro perante o Fleuma e na incapacidade de regurgitar algo que não seja restos de erva nascida onde são frondosos os pastos do seu alimento.

 

Uma vez mais, apenas desta forma consegue clamar pela minha atenção - cada vez mais longe da sua inutilidade que, pelo que observo, se mantém. Cristalina em toda a sua insuportável falta de sentido. Parabéns, santa! Não se move! Exatamente o que sempre foi e o que sempre lhe conheci: um cuspir deficiente.

 

A sua desesperada chamada para a minha atenção, mesmo que para tal se tenha ajoelhado com o alarde de uma santa que espera recompensa, revelou-se um desapontamento. O seu estilo de resposta é uma embaraçosa imitação do seu Fleuma. Não me espanta, claro. Nada me espanta numa santa que engorda com as mentiras e tentativas de linchamento ao alheio. Uma freira que rejubila nas pequenas migalhas atiradas pelo Fleuma, na doce ilusão de que poderia ter existido uma tão bela, eloquente amizade. Para consolo pessoal, atira hoje um comprimido de vaporosa arrogância que apenas perfuma a sua estúpida existência. Ou então, agora será uma cápsula de moral porque tudo o que o demónio  escreve é para si. Só pode ser perseguição a uma alma santa!! 

 

Estranhamente insiste em provar que estou certo e sempre assim foi. Insiste em visitar-me todos os dias. Em lambuzar todas a minhas palavras como se do meu corpo se tratasse. Enquanto  permanece naquele limbo nojento de minúscula criatura que gosta de balir preces de acusação fantasiosa de assédio e perseguição. Agarra na sua bíblia de patranhas escritas que nunca foram suas e atiça os demónios que nada quiseram ou querem consigo. Sois uma criatura vil! Mas nem assim Lúcifer se interessa por si. 

 

Santa beata,

 

resta-lhe pelejar com as criaturas do seu nível. As que alimentou e deixou crescer e que se preparam para a trucidar. 

 

Infeliz gorda,

 

se eu sou veneno, não me visite. Não se humilhe pela minha atenção. 

 

Extremosa acólita,

 

a parasita rosa é mais simples e menos sinistra do que você. Retém em si uma aura de jocosa ingenuidade que a  transforma num alvo perfeito para predadores de elite como eu e alguns outros que você conhece. Mas enquanto esta ainda possui algum grau de ignorância e pensa que me conhece, coisa que por enquanto poderá despertar a minha disposição, você já nem para habitar os esgotos serve. Lamento por si. É apenas esse pequeno gesto que lhe concedo.

 

 

Não consigo perceber a razão de tanta dúvida. Porque razão não se abrem portas escancaradas à transformação. Ao rompimento de perguntas que apenas reservam em si a simplicidade de algo, aqui sim, imutável: a mudança existe! Até à morte. Simples e tirânico. Verdadeiro. Irritantemente imutável.

 

Desejava saborear certos risos e fervilho de nostalgia porque sinto a velhice de séculos na mente. E em cada palavra ou gesto que me acusa e questiona - em que te tornaste? Não existe uma resposta que não inverta a questão: será antes em que é que me torno?

 

Lembro-me hoje, bem como todos os dias antes e para o resto dos que me observam, daquelas janelas sempre abertas para "deixar o sol poisar". Não o sabias, claro. Mas aceitei essa ponte para muito mais. Transformação sem prisão. Provar do mel doce da entrega, entre bagos de generosidade preciosa e absorver a criatura negra do ódio tão real e indomável que droga e embala em notas desafinadas para tantos! E tão sóbrias e claras em mim.

 

É estranha a palavra na tua boca - amo-te! Como? Aceitas o que sou? No que me transformo. Nunca melhor do que tu? E recusar o caminho mais fácil? 

 

Questões. Mais do que respostas. 

 

Não olhar para trás. 

 

 

" A sério! ....

 

 

Qual é a vossa desculpa?! ..." 

Pinturas com sangue - Maxime Taccardi

 

 

Ensina-me o desespero. O que procuro realmente é o Inferno. Acabo de solicitar o meu sangue para as artes de guerra e caminhos da escuridão - porque estou farto de malícia sem prazer. Prefiro desvanecer-me nesta certeza. Nada é realmente o que parece e apenas tu consegues acender a luz onde germinam os meus dias de espera. E creio eu, já deves ter olhado a minha vontade por demasiadas vezes. Já estou farto de esperar.

 

Os pequenos pedaços de conversa, em diálogos que conduzem sempre ao mesmo porto. O abrigo das certezas que tu e apenas tu conheces. Infelizmente, pareces conhecer-me melhor do que eu próprio. Coisa estranha e apesar de tudo, reconfortante.

 

E dizes-me sempre que consigo desestabilizar os outros de uma maneira sistemática. Que visto as camisolas ao contrário, dirás, por hábito. Mas irritam-me as pessoas que abanam a cabeça e condescendem algo como apropriado. Que se torna um outro desespero saber qual será a reação de quem se recusa a aceitar o evidente: não existe amor sem o desespero de sentir a saudade. Porque afirmam que se pode esperar e até é saudável para a alma! Idiotas...

 

Será fruto do meu instinto? Conseguir escalar o cansaço que vou digerindo quando deixo de falar sobre o que sinto e atento aos outros. E logo me canso e pergunto pela vida que preferem não contar?

 

Prefiro então, as tuas chicotadas de realidade. Dispostas onde mais magoam. Prefiro o teu Inferno. E talvez porque a saída deste sangue me tenha dado uma lucidez onde tal não deveria acontecer, se tenha tornado óbvio que algo sempre conspirou para um fim rápido e sem que seja de joelhos! Porque nada me custa mais do que absorver dobrado e em cobarde submissão.

 

 

 

Acho bizarra a tendência quase subliminar que certas pessoas colocam na demanda de tentar conhecer a minha personalidade. Partem sempre de um pressuposto. Desde logo uma antecipação do que irão encontrar. Uma prova de instinto básico de análise que se revela sistematicamente um logro. Depois e já em frustração, cimentam teorias e conclusões que geralmente nunca me são favoráveis. E muito menos abonatórias.

 

A mim não importa. Mas interessam-me pelo que provoca nas pessoas que tentam conhecimento de outro sem um pingo de isenção e quando acompanhado por sintomas de frustração. Receio ser uma espécie de perigo a evitar para algumas almas de fraco entendimento mas ao mesmo tempo uma fonte de fascínio anormal. Talvez resida no facto de, ao contrário do que de mundano habita nas suas vidas, não conseguirem controlar a minha espiral. Não conseguir perceber como vai reagir alguém a estímulos habituais de causa-efeito é por demais frustrante! Porque força a uma saída precoce de zonas de conforto que tanta e tanta gente odeia abandonar.

 

Poderia tentar justificar certos hábitos supostamente impraticáveis e intoleráveis da minha personalidade. Mas porque deverei justificar? Prefiro recomendar que tentem o que eu tento - observar atentamente antes de emitir juízos. Engano-me muitas vezes. Mas também recupero tempo perdido e não me engano em iguais vezes! E lamentavelmente, quanto mais conheço mais padeço da ideia do quão lato é o instinto para a estupidez e preconceito humano.

 

 

 

Não consigo deixar de sentir que é um privilégio, nestes dias de hoje, escutar uma estória. Principalmente se aquecidos por um fogo áspero e quente e diante de uma noite que se alonga na escuridão. Escutar! Porque quem verdadeiramente conta uma estória não deve ser apenas ouvido. Escutar é muito mais do que a mente nos diz. É a essência que se entrega e deixa conduzir.

 

Quando a voz se ergue grave mas sonhadora, entre pedaços arrancados a reinos distantes por onde pernoitam almas que não descansam e pensam estar vivas, só um silêncio sepulcral consegue resistir. E quem narra por palavras o que muitas vezes deveria permanecer escondido sabe como se pode descrever a fome dos dias passados entre o gelo amigo de um abraço ou o calor incandescente do sorriso de uma criança, essa estranha e impossível criatura que eu já fui. E deixei a porta aberta para que fugisse.

 

E em maravilha, ainda que ornados por lendas de outras eras, enquanto prosseguimos pela noite dentro sem vontade que termine, uma voz de mulher enche o que se conta com rasgos fugidios, estremecendo onde o sangue se deixou escoar, trata-se de querer - não! muito mais do que desejar - exigir! que a eternidade dessas noites de estórias ao relento batido pelo fogo da madeira que respira calor se mantenha imutável.

 

Eu quero vaguear por auroras tão antigas que apenas as estrelas se lembrem da queda dos anjos. Quando os gritos eram escutados entre as notas dos grotescos flautistas que dançam e embalam o sono do Caos primordial - porque se ele acorda, dizes em sussurro, tudo estará acabado.

 

Permanecer em névoa enquanto os caminhos da terra são palmilhados pelas botas cardadas de um deus meio cego fugindo da ânsia devoradora dos lobos irmãos. Sentir que em cada palavra que rompe o silêncio uma verdade poderia ter sido escrita em mim. Deixar-me embalar nos contos de noite. Entre tragos que sabem a fogo e ateiam chamas ao coração. 

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