Saltar para: Post [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Quase terminaste com a vida,
No abismo que conhecemos, já
Nas lembranças que te feriram,
Nos golpes que recebemos, nas desilusões
E pelas minhas palavras, lidas
Tão distantes, tu encontraste vigor?
Pudeste olhar, de novo
Além da escuridão
Porque sei do fardo que carregas,
Onde por mim te podes apoiar
Por isso cruel, nas minhas palavras
Viste... Luz!?
Como? Como é possivel,
Que neste meu recanto obsceno
Que povoo com profundo desespero
Tu, alma mortal, te tenhas abrigado?
E se isso te fez respirar
Voltar a ver, sentir
Que morremos pelos mesmos cortes
Nas cordas estamos, e resistimos
Que tão distante estás, Continentes
Tu me tenhas farejado, grotesco e em abandono
Perguntes, peças
Me amarres a este poço insalúbre
Deveria odiar-te
Por este peso, essa tua salvação
Nas minhas letras encontrares reflexo
E que te ajudam a viver,
Mais um dia...