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Será melhor recordar o caminho de regresso. É fácil perder o norte. Ou então, não ceder ao esquecimento que se esconde entre sombras. Mas está vivo e acompanha. Sempre em guarda para que não se façam regressos e assim já não são trilhos de volta. Antes passagens de fumo.
Mas gosto da maneira como pretendes viajar. Recordas-me os ventos helénicos passeando tranquilos. Gosto da estranha luz que emana dos teus pensamentos ora doutos ora eruditos no sabor da leveza com que se agitam as tuas humoradas preces.
Sim.
Porque o que descreves tem humor e acende o fogo-fatúo que por estes dias e diante destes lugares me recorda as estrelas do norte. Mesmo que não imagines do que falo não importa. Ainda que nunca tenhas levantado os braços ao silêncio boreal e nem habite em ti a forma como teces estas auroras, não te importes. Eu gosto de te acompanhar.
A mente é uma delicadeza requintada. E eu percorro os labirintos da tua sem que fujas. Talvez um dia, no meio desse teu esbracejar vagabundo, acedas a que te mostre onde chegam as minhas preces. Sem medos e em nostalgia.