Saltar para: Post [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Impunidade - o mero facto de viverem aos magotes, deixa-as cientes de que tudo lhes é permitido. Em rebanho estão protegidas. Podem exercitar, então, a sua cultura colectiva. Tudo o que se assemelhe a solitário é um contrasenso. Só na união se consegue viver. E sobreviver.
Solidariedade - amplamente conhecida e reconhecida, esta aberrante têndencia não deixa de ser tristemente odiosa. Há algo de verdadeiramente sinistro na forma como se manifesta. Para qualquer situação de hostilidade, aparecem sempre companheiras e amigos. Um ombro. Uma desculpa. Uma ajuda, para superação. Migalhas. Para o bem comum.
Cobardia - todas as ovelhas, sem excepção SÃO COBARDES! Simulam força e empatia. Mas sempre com um pé atrás. Treinadas na arte de fuga em direcção ao grupo, é comum testemunharmos a sua incapacidade de gerir as opiniões alheias. Apenas o som do chocalho as tranquiliza. O rebanho está por perto. Mesmo mordidas, sabem que estão protegidas.
Crentes - acreditam. Acreditam e oram. Acreditam e amam. Esta crença é apenas uma máscara para uma hipócrisia sórdida. O respeito que pregam pelos outros apenas se destinam aos que nelas acreditam. Senão, não merecem os seus carinhos. Mas apenas lhes basta uma palavra de apreço para acharem que se pode acreditar em tudo o que dizem. Crer nelas serve apenas para ser mais um. Entre tantos.
Ignorância - são amorosas, diga-se. Mas apenas porque são tremendamente ignorantes. A estupidez tacanha é a sua lã. Sabem tudo. O que é amar. O que é paixão. E escuridão. Sabem o que é ser acossadas. Perseguidas.
Apenas ignorância. Que as torna dóceis e prevísiveis. E confunde-se, muitas vezes, esta docilidade pacóvia, com respeito ao próximo. Até se confunde esta mera incapacidade de raciocinar com tolerância. Tolerância e respeito que qualquer outra criatura, instintivamente sabe, serem falsas. Coisa de ovelha.