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Primeiro chegou o Silêncio, terno e adormecido

sonolento, ressonando altivamente na sua traquilidade

 

A sua viagem apática, parecia não pertubar

ninguém o ouvia, sinistro, turvo e destemido

 

Seguia despercebido, pouco importava

sem melodias cantadas, desencantado e de tristes palavras

 

Mas ...

eis que as sepulturas se revolvem!

e o Silêncio dança com a Morte, em valsa

porcos caminham, águas atormentam e os céus respiram fedor

 

Finalmente ...

Caos feito carne! Arame rasga a carne

o sangue alimenta o universo,

a dor cria a vida e promete felicidade!

 

Caos em tão imensa magnitude!

Reacende vis restos, acorda a morte

como os gritos imortais, como pregos cravados na pele, tão doce sinfonia

 

Abertura, passo de dança no pó,

crescendo, encantamento de prazer sexual

animalesco, pura fúria de possessão, arte em pura progressão

 

Acordado, subitamente conheci o que me esperava

espremo o meu cérebro até que o sangue se torne mistura nojenta

aqui encontrei a minha prostituta, musa moderna, benigna virtude

que quero possuir, consumir, destroçar e violentar

enquanto plácidamente, retalho mais esta ilusão

 

Ilusão de paixão, desilusão de ilusão

em corações perturbados,

passando por ventres inchados de falsa modéstia,

 

Este é um Caos sistemático,

daqui sai a Ordem, o Nada absoluto

por isso sei o meu caminho ... Mergulho no Pandemónio!







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