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Divagações à beira da insanidade ...
Guarda-te para amanhã. Esses são pressentimentos à tona da pele. E preso na ideia de que nada pode ser como antes, será ainda melhor para que te arrependas.
O sonho sonhado tornou-se realidade. Por uns escassos momentos, a lâmina viajou pelo braço. Por meros instantes, a dôr foi vida. Respiração ofegante e estranha passividade. Mais uma entre outras. Mais um corte e uma cicatriz no caminho para a sensação de viver e de ser humano.
E hoje é real, então. O sangue escorreu e a fúria dispersou-se. Escrita de perdição, na tua pele. Marcas de um fim antecipado. Uma outra vida pelas esquinas daquela glória prisioneira.
Deixa-te estar, um pouco mais. Chega de tanta raiva. Deixa-te estar olhando aquela última faísca, tosca chama, de vida realmente tua. Que te escapa pelos dedos.
Obriga a monstruosidade a ficar especada à tua porta. Ainda tens algo para soletrar - mais loucura, pois! E nem uma ponta de luz para te iluminar. Nem sequer um aviso de fim. Pouco ou nada.
Apenas o escuro da paz. Apenas o fim das feridas.