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Tenho, por vezes, aquele sentimento. Aquele sentimento sobre o qual não falo, não gosto de falar. O que pretendo, finjo, não ter. Não sentir.
Há quem lhe chame pecado, mau agoiro, espirito maldito. No fundo, apenas modos e palavras para evitar a conclusão mais óbvia: sou humano.
E portanto, tenho desses momentos, sabem? Quando certos pensamentos e desejos cruzam a minha mente. Minutos de rasgos mentais que não fazem sentido. Violentos e malignos. Mas assegura-me apenas, a minha própria humanidade.
É assim. Estranho. Conseguir respirar através de uma cortina de desejos. Desejos ...
Por ti, pela sedução dos teus dentes brancos. Pelo sangue nos meus lábios.
Mas recuso deixar-te em paz. Abraço-te, esmago-te. Desde os momentos em que te vejo. E considero-te culpada por este estado e sentimento!
Chamo-te Mal. Porque me fazes pecar contra tudo. E de cada vez que bates no meu coração, eu não consigo evitar. Deixo-te entrar.