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Os nossos passos são certos. Direitos. Por agora. Tal acontece quando vemos por fim um fim à vista. Senão, porque caminharias pelo corredor traçando com os indicadores de ambas as mãos, leves traços pelas paredes? Como se tentasses preservar algo. Alguma coisa que não voltará. Seguramente, creio eu.
Vejo tantas coisas, através da emancipação do teu olhar profundo. Respiras fundo, agitas as cartas em cima da mesa. Papel. Espelhos e coroas de outras noites e dias. Palavras a tinta. Tem graça, não é? Num tempo em que já não se usam praticamente canetas a tinta para escrever o que seja. E tu com tantas cartas... Amarelas pelos dias, que não foram teus. Ou nossos, como queiras.
Olho-te, do outro extremo da mesa. Sabes o que penso de culpas e desculpas. Do peso da responsabilidade. Ou do perdão, de perdoar e ser perdoado.
Ergues-te da cadeira. Esticas a tua mão para mim. Sabes que te arrastarei para fora das tuas mágoas e convicções. Sabes, que não te deixarei pedir perdão a ninguém. Sabes. Como vejo o orgulho e a vontade. O amor pessoal. E sei. Sei que odeias admiti-lo: acabo por ter razão.
... Quase sempre.