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Por vezes, tudo me deixa consumido. Quando chego a esse estado, em que apenas me importa ver pouco mais do que o fundo de uma chávena de café, vejo como se torna fácil abandonar tudo.
Por vezes, também surgem dias melhores onde me consome o egoísmo e a presunção de uma possibilidade que venham para ficar, aquecer-me a esperança. Não preciso que as outras pessoas se importem comigo. Eu faço o mesmo: não perturbo com as minhas palavras ou desolação. Sei que os outros farão o mesmo. Isto ajuda-me a ficar vivo e todos ficam satisfeitos, porque mesmo sabendo que estou a nadar em merda acham que aguento e sigo a direito. A maioria das criaturas, supostamente racionais, nunca tenta aliviar-me de nada. Mas, e aqui habita realmente a doce ironia, depressa correm para mim à vista do mínimo fulgor, por mais fugaz que seja, de alegria feliz.