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Dias maus. Meus. Do resto do mundo, que nada em merda.

Não sei como tal se passou, mas eu costumava ter apenas pequenos maus dias. Tentava com muita força guarda-los em pequenas caixas na escuridão e a um canto afastado.

Mas, creio que num daqueles dias de maior desprezo pessoal, decidi retira-los das caixas e deixa-los voar. Sabem, eram apenas uns pequenos dias. Maus, mas mesmo assim, pequenos. Por azar ou porque assim deve ser, choveu em tormenta. Tanta chuva e tanto vento que os dias maus voltaram para mim. E as sementes desses dias foram-se espalhando e plantando.

O que eram apenas pequenos e maus dias cresceram em semanas. As semanas tornaram-se meses e deixei de ser capaz de os voltar a guardar em pequenas caixas e a um canto escuro.

Tentei estrangular esses tempos maus e não consegui. Tentei esmaga-los porque eram meus e eu deveria poder fazer com eles o que me desse na real gana! Em vão. Porque se torna díficil fugir ao sofrimento que me imponho todos os dias. Claro que sei da solução para tudo isto. É cristalino. Teria de ser capaz de me desmontar por completo e tentar a reconstrução com uma venda nos olhos. Cego para os velhos hábitos e velhos demónios.







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