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A máquina que nos mergulha nesta ladaínha.
Aprimorada que está esta estranha empatia que temos com as rotinas tão próprias e maquinais!
Levantar da cama, olhar o espelho, duras revelações. Todos os santos dias!
De carro ou de qualquer outro transporte, pouco interessa, visualização sistemática: sempre e sempre mais
do mesmo!!
Olhares que se trocam e sentimentos sempre, mas sempre, iguais.
Mas esta maquinaria nunca emperra? Será que nunca se esvaí e nos liberta?
Coloque-se a chave na cabeça. Rode-se para a direita ou para a esquerda, pouco importa.
O cérebro só gira num sentido. Se, por necessidade, for forçado a sair do rodado estabelecido,
depressa se tornará incoerente. Pensará e agirá desconjuntado e, por isso, sem regras.
Não. Todas as emoções terão de ser delegadas pela chave que roda. Para a esquerda ou para a direita.
Todo o torpor e a maldição de um pensamento diferente se transformam em penas histéricas!
É preciso, por isso, manter a chave na engrenagem. Só assim se pode olear e mecanizar a máquina.
Arrancar todo e qualquer vestígio de acção própria e fora da mecânica é acção meritória e palaciana.
Toda e qualquer manifestação de revolta deverá ser debelada através de purgas, associando tais
atitudes ao cardápio, para futura referência de ensino e punição.