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(999)

 

" Open, Ye Core ..." 

 

 

Violência controlada. Sente-se escorrer na pele. Bate asas e rodopia pela sala em escuridão. Como que feita de trapos sombrios; alimenta-se do suor banhado na frustração dos dias de incerteza e nos desejos. Desejos tão negros, ali, na distância de um tocar.

 

Como consegue ser majestosa a doce violência do som! Reunifica os pedaços da alma e alimenta a sofreguidão deste veneno. Envenenado na liberdade criativa sem limites ou deuses. 

 

E é amor, amar esta violência que se deixa domesticar. Como que na placidez dos crentes nas suas virtudes. Como no sossego que nasce da sabedoria. Quando o som cresce em monstruoso e na mente dançam as sombras enamoradas nas palavras atiradas, cuspidas, ásperas como lâminas, e é na escuridão que existem as respostas. 

 

Não nas luzes.

 

Em sangue. Amo-a. No indescritível comando de uma canção. Toda uma vida de cinzas existe. Acorrentada na noite.

 

Amo a violência do som negro ainda e quando tudo parece acalmar-se e pela sala restam as faces espantadas e as bocas abertas de sede. Venero a devastação que permanece. 

 

Quando tudo se silencia.






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