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Não deixo de pasmar com a falta de simplicidade das pessoas. Afastam-se das opções mais claras e simples. Mais directamente ligadas com os sentimentos e a visão pessoal. Tantas vezes mais simples.
Preferem complicar. Batalhar por soluções mais agradáveis ao seu ego. Acima de tudo, pasmo com a extrema vontade de aprovação de que padecem! Emitem opiniões. Na maior parte das vezes, recicladas, para que possam ser aprovadas. E revoltam-se! E como se revoltam contra as injustiças! E nem um pingo de simplicidade.
Já notei que a simplicidade é também um estado de alma. Não a simplicidade tacanha. Não a simplicidade dos ignorantes. Dos que sustentam o seu animismo com atitudes de passividade submissa.
A simplicidade que respeito, é a que se revela por meros gestos ou palavras. Sinceros. Ditos e feitos no momento. Sem alarde ou drama. Nada me deixa mais desconcertado do que uma palavra simples. Um gesto directo à alma. Simples. Mas tão complexo!
A simplicidade, é pois, difícil. Para os que se pensam simples e são apenas simplórios. Para os que se julgam sábios e são apenas torpes.
Luto para atingir essa simplicidade, todos os dias. Revelar-me como sou, apenas se torna um dos muitos caminhos que percorro. E quanto mais simples tento ser, mais complexo me torno.