Saltar para: Post [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Tranformei-me, em algo horrível, aos olhos de tantos!
Quebrei os ramos secos da fala com que te banhava, em palavras
E sentei-me, nesta cadeira de encosto tão frio!
Vejo-te disforme, um fruto da minha naúsea e desapego,
Lembro-me, ainda que vago, que ontem era Rei
Hoje sou verme, frio de boca e sorriso
Olhei para a pureza cristalina, através do decadente, pelo negro dos excrementos
Vibrando por um raio de sol, que não apareceu
Frio, vazio, silencioso, mas ainda mato
Traços frescos de carne, da tua pele
Tingida por um sol cruel
Sombra destruída. Mortificada.
Pergunto-te, a ti, que sangras
Deus ainda te ama?
Assim, como estás,
Inútil cadáver, sem beleza?
Saco de baratas, vermes imundos e frios
Baratas que me consomem, pilha de ossos rachados, sem uso.
Foi este o plano?
Asas de Pó. Mãos cheias de Nada. Vida Prostituta.