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Odeio as elites! Porque também sou obrigado a ser elitista.
Odeio quem se julga meu senhor. Quem se arvora o direito de achar que comanda.
Odeio a inutilidade do que se escreve. E quem se acha escritora e não me consegue aquecer a alma.
Odeio quem faz da pena e do lamento, estandarte para outros cativar. Revelam-se-me absurdos. E mortos.
Odeio quem se julga mais puro e emérito nas artes da verdade. Mentem! Odeiam em silêncio.
Odeio a minha falta de poder. Ser falho e incapaz de produzir um único disparo, assim terminar com o que odeio.
Não me interessa a revolta. Odeio-a. Nem preciso da beleza. Para mim, tudo é vaidade. Estéril.