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Aos dias de existência no Limiar, 

É fácil, tão estranhamente fácil, adormecer ao som do vento que assola a subida; uma tentação que nos canta os encantos de parar, adormecer e deixar morrer.  Algo doce e amargo a tracejar o resfolegar do coração, não deixando lugar ao pensamento. Uma voz nossa. Nossa.

Gosto tanto deste egoísmo que consome os meus últimos instantes, antes dos passos finais para o cimo!  Do prazer intenso de mais um fim do caminho. Da fome voraz  que comanda o passar para uma nova página.

Este egoísmo absoluto, e perto, tão próximo da loucura, que me arrasta e sujeita a consumir todos aqueles instantes como únicos e sem repetição. Este balançar na velha cadeira do sonho. Esta paixão que não me deixa descansar e que um dia irá consumir a minha alma.

Este terminar num respirar moribundo procurado e consentido. Nestes dias de chuva, muita chuva.

Esta vontade de voltar a partir. Este egoísmo de não regressar.

(Fleuma,)

 







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