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Às vezes basta cruzar as portas e voltar à rua. Deixar que se fechem atrás de nós num reconhecimento sentido de que terminou, naquele sentimento que suspira uma secreta paz alegre. Voltar a pisar o cimento no regresso de olhos postos longe, num emaranhado que balança entre a saudade que ficará e esse instante quase despercebido de algo que se liberta sem retorno.

Adeus. 

Quantas vezes me afoguei nesta palavra?

Tão poucas e raras porque sempre foi definitivo esse adeus. 

E parecemos não ter uma clara noção do que encerra em nós um verdadeiro fim de caminhos cruzados, em que se torna este mundo quando cruzamos as portas e não voltaremos a regressar. O peso da certeza nos passos que se afastam cada vez mais depressa. O que significa esse preciso instante no que restará após a despedida. Um adeus impregnado naquele cinismo do que é realmente, inequivocamente, sentido em cada fibra nossa. 

 

... E afinal fica tanto por dizer!

... Como neste lugar.

(Fleuma)







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