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Não se trata de saber se este é o melhor caminho o que sigo. A ausência da luz canta muitas vezes em vozes amigas. Quanto menos dou de mim próprio mais recebo em troca. Como? Isto nunca antes me foi dito ou ensinado. E estive tão longe assim? Quantos passos, quantas mortes foram necessárias para aceitar que o que me parece real é afinal uma ilusão? Que em cada momento de verdade, raro e cintilante, existe um caos imenso. E dizem que o amor é em todos os casos a solução mas então, porque persiste o sangrar? Mesmo entre o murmurar de promessas que não serão cumpridas.

 

Sou um tolo que teve de espirrar o sangue do que faço de certo e errado. Um tolo em constante procura de uma resposta - quase a saber a resposta. A este ignorante desprotegido afirmaram que a vida é um carrossel e que deveria deixar que voasse livre! Que o mundo está cheio de reis e rainhas de coração caridoso, mas sei que apenas roubam os sonhos enquanto cegamos ao seu toque. Postularam que a escuridão é apenas a aproximação do dia , onde o negro é simplesmente o branco. Aceitei que a lua era apenas o sol à noite e que sim senhor! Que era real o caminho feito entre os muros preciosos. E que poderia ficar com todas as preciosidades que conseguisse abraçar!

 

Mas é tolice. Eu sei. Torna-se verdadeiro enquanto sangro por aquele dançarino que me mostrou o caminho entre escuridão e luz. Não custou entregar-me, sinceramente. Mais doloroso foi constatar a mentira e a cegueira.


6 comentários

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Anónimo 11.01.2017


Voltas da vida, e a vida na volta do carrossel.
Doloroso é saber a verdade das loucas voltas do carrossel.

Tolice nunca será, esse seu brotar de inspiração vertido,ora em sombras, ora em luz.Nunca.

Será que é dançarino de forró?
:)
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Fleuma 11.01.2017

Está enganado(a) caro(a) desconhecido(a). Doloroso é realmente nem sequer ter um carrossel a que chamar vida. Doloroso é ficar a olhar as voltas da vida que não a nossa e lamentar que não sejam loucas.

Procure por esse "dançarino", ele tem sempre uma resposta para as suas orações. Não desconhecido(a), este "dançarino" abomina o forró, porque gosta de ser ele a ditar o compasso. E o forró é para os que apenas gostam de arrastar a chinela.
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Anónimo 12.01.2017

Você ganhar-me-ia sempre, na sua argumentação escrita.
Desisto.:)
Reconheço-lhe esse poder.




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Bruno 11.01.2017

Se precisares falar, tens o meu contacto.

Sempre senti que as trevas eram muito mais apelativas que a luz... E não me senti enganado, nem defraudado nessa minha crença!

Grande abraço
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Fleuma 11.01.2017

Para mim, falar não é realmente necessário. E quando é preciso, existe uma única pessoa que está comigo.

Esta pessoa "salvou-me" demasiadas vezes de situações muito dolorosas. Sabes, que somos os nossos próprios algozes? Nada nem ninguém consegue magoar-me mais do que eu próprio. Nada!

Esta pessoa demonstrou-me que a resposta nem sempre está na "luz" que tanto se apregoa. Deus, não! Tanto se pode conhecer pela dita "escuridão e sombras" que até se torna absurdo. E sabes porque a maioria das pessoas teme esta "escuridão"? Porque é onde está o conhecimento pessoal e longe do dia-a-dia. E nem todos conseguem lidar com os monstros que conseguem ver.

Saúde,
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Bruno 12.01.2017

Aceito a tua resposta. mas mantenho a minha oferta: caso necessites falar, sabe por que meio chegar a mim.

E não posso deixar de dar-te razão, sendo que é mesmo na escuridão que se encontra o mais sincero de nós mesmos. Dá-me sempre um imenso prazer receber as tuas respostas, porque nelas se observa, além dos teus textos, o quão grande és e o quanto possas ter a ensinar.

Abraço

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