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Existe uma abissal diferença entre a minha solidão, tantas vezes por mim mesmo imposta, e aquela a que a necessidade  me impõe. Eu não tenho receio de estar completamente só, porque tal se tornou uma segunda pele. Uma linha de defesa que permanece nos momentos mais severos da minha vida. Creio que por muito que as pessoas pensem,  torna-se  primordial estar só e avaliar o que me rodeia. Não apenas por egoísmo ou castração mental, mas porque a minha necessidade de pensar não se alia ás multidões e aos ruídos que preenchem o dia a dia.

Porém, existe um ponto de desalinho em todos estes dias. A noção de imperfeição e necessidade. Um pequeno pedaço da minha vida que permanece a um canto da minha alma. Uma negra falta que se transforma em solidão que não é bem vinda. Um quase choro que me atravessa a cabeça, pela ausência da voz e do riso. Por uns olhos que não precisam de falar e ainda assim, tudo, mas tudo dizem. Estes são os meus sintomas de falta de adaptação, a minha necessidade que me impele a viajar de um país para outro, nem que seja por escassas horas. Ás vezes apenas para escutar a voz e o choro abafado de quem não me quer deixar regressar. Eu sei de viva voz, de coração e alma que é assim o meu inferno pessoal! Que por isso a minha cabeça vacila e não aceito o meu presente.

 

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