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O que fazer perante uma morte anunciada? Há muito esperada e com ela antecipar alguma pacificação. Segundo registo a ausência prolongada de inveterados lugares pode ser reveladora, em minha mui modesta opinião, do encontro de si para si com a paz do Senhor. Porventura, aventurada seja!, finalmente acessa a pequena e modesta luz de constatação em diminuta lâmpada que sempre tentou porfiar, julgando-se necessária e douta de malabarismos escritos.
Ou então, canalha constatação!, um assombro de vergonhosa realização disseminou portentos de realismo e onde outrora reinava a arrogante certeza habitam agora as tristezas refletidas nas plácidas águas de um charco que nunca foi rio, diga-se. Há muito que assim deveria ter sido: retire-se descansando na paz da nulidade existencial. Espécie de antecâmara para uma morte anunciada. Tardia.
Escuto grilos na noite? Ou silêncio de sepulcro? Onde se encontram as passadas vitoriosas e sempre tão conhecedoras desta vida?
Talvez o limite esteja atingido. No meio da cornucópia de ilusões e hesitações nem sempre mais sábias do seu devido lugar, a verdadeira recompensa do cobarde exige que este se retire de vez. Em morte há muito prevista e esperada.