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Isto sou eu. Apenas a minha perspetiva pessoal. E sou o que sou.
É certo que outras pessoas se tornam necessárias para poder viver. Mas não consigo adaptar a ideia que é essencial estar acompanhado para poder ultrapassar certos obstáculos. Por muito que tente. A incapacidade de encarar uma solução para o que se apresenta sem ter ajuda de outras pessoas sempre me pareceu algo estranho. Sinceramente.
A ideia do lobo solitário que tudo enfrenta longe do mundo é uma estupidez. Não sou uma ilha e nem sequer imagino que seja. Mas a reação imediata perante coisas e atos que me são atirados é normalmente traduzida no pensamento solitário. Em vez de procurar ajuda de outras pessoas encaro isso como um desafio pessoal. E como? Porque odeio a palavra motivação. Esta tola palavra tão usada por tanta gente que sinceramente não compreende muito bem o que é uma batalha constante, tornou-se num preceito que tudo parece desculpar.
Para mim não se trata de motivação. Antes disciplina. Sempre achei as soluções de todos o meus erros e decisões acertadas na disciplina. Mesmo quando o panorama é negro e as notícias não são as melhores. Por isto tenho extrema dificuldade em aceitar lideranças. Pior ainda no que se refere a mim. Sei que muitas são as vezes em que tenho de aceitar o que outros dizem e decidem. No entanto, também sei que no final do dia a responsabilidade é minha e só minha. Se isso significa levantar-me mais cedo, trabalhar mais horas, será seguramente feito. Executado sem pestanejar.
Mesmo perante supostas inevitabilidades, apresentadas com o celeuma de quem acha ter o definitivo na mão e assim esfregar na minha cara. Não preciso realmente de quem comande. Não necessito de uma presença física de liderança. Embora saiba e conviva com isso todos os dias. Não sou um dos que segue cegamente e acata sem questões. E depois, são raras as pessoas que pensam como eu. E vice-versa. Conheço quem se aproxime, esteja quase lá. Mas não é possível. Até porque tudo se revelaria uma perda de tempo. Perda de vida.
Deixou de haver heróis. O que acredito ser grandeza não se mede por medalhas, dinheiro e muito menos opinião pública. Imagino a grandeza como felicidade e liberdade. Simples e complexo. Muito. Tento espremer todas a inutilidades que me rodeiam. Todo o barulho e todas as noções inúteis. Corrói e mata lentamente. Sei de quem pura e simplesmente não consegue lidar com esta realidade. Não censuro nem lamento por esses.