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E alguma vez eu falei da sua beleza? Pois, eu estava errado. Porque afinal, beleza é algo demasiado dócil e de fácil noção. Creio que evoca as expressões das capas de revistas. Uma beleza amorosa e simetricamente harmoniosa. Nada disto simboliza, de facto, a expressão desta mulher. Portanto, talvez eu deva reduzir-me ao que realmente sou e deixar de tentar sequer fazer-lhe sombra com uma palavra que seja.
Ainda assim, creio que devo dizer-lhe que me rasga a alma quando a observo dormindo. Algo vil e escuro toma conta dos meus sentimentos, como se estivesse morto e nunca mais pudesse sentir-lhe a respiração. Deveria mostrar-lhe como muitas vezes tudo o que eu destruo em mim, ela o reconstrói mais forte.