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Por alguma razão apenas vislumbrada pelo pensamento de certas criaturas em abnegada e ilusória negação, a ideia de vitimização parece transportar consigo um cariz de arma lendária. A necessidade intensa de ser rica em desgraças na vida, bem como o centro e alvo perfeito de conspirações maldosas destas criaturas sempre me causou algum humor. Sinceramente falando. E portanto, talvez até nem vislumbrem mais do que a sua própria vontade de ser presas. Em vez de caçadores. Muito porque está nos seus genes mais profundos. Na dilacerante vontade que possuem e cultivam.

 

A mim  nunca me interessaram os grupos vastos. E conforta-me de maneira intensa, observar o fenómeno da suposta vitima sujeita aos males dos outros. Penso sempre em justiça poética. Outrora rodeados de amigos e amigas, onde se podiam roçar focinhos e lamber feridas. De vitima para vitima. Agora, a lamentar-se aos sete ventos. Fungando e choramingando falsas virtudes. Embrutecidos por anos de inspirada cretinice moral. O prazer é estranho, ao ver como se arrastam certas almas por estes lados. É muito parecido com a mistura doce e amarga que nos invade o cérebro após uma ressaca monstruosa. 

 

Também nunca me interessou realmente o seu complexo de perseguição. Apenas me importa a maneira como se arrastam em busca de outros infelizes que espelham a mesma condição.  Consola-me a alma, saber que eventualmente irão ceder e fugir. Afastando-se para um buraco de vermes. E esta, por muito que não entendam ou queiram, é a sua condição. Insofismável condição.

 







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