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" Devemos ser gratos aos idiotas. Sem eles, o resto de nós não seria bem sucedido.", Mark Twain

 

 

 

 

O que é mais importante? Ser o mensageiro portador das más noticias e do aquilatar sincero de certas incapacidades que muitos julgam ser suas benignas qualidades; porque afinal é de seres benignos que se orgulham de existir que pura e simplesmente se trata. Não é?...

 

Posso escrever estas palavras com todo o desplante que me apetecer, já que de mim não se rezam exemplos pela positiva. Nem caminhos a percorrer sem o perigo de ceder às tentações menos comuns. Tem as suas vantagens, claro. Porque o muro mais sujo e escuro não interessa, liberta sempre margem para poder observar e aceitar o negativismo alheio com o maior  sossego e por razões de lógica fria, quem está habituado aos disparates dos seres benignos depressa se mune dos anticorpos necessários para aguentar as suas ilusões. Coisa que não parece ser propriedade no sentido inverso.

 

Veja-se uma má noticia e um aquilatar sincero quando se pensava que em certas pessoas, que se orgulham de existir mas sempre na mesma predominância janota, lhes é explicado de forma muitas vezes tácita mas firme e convicta, que são estúpidas. E se recusam a um pequeno vislumbre que seja sobre a possibilidade, por mais longínqua que pareça, de que por norma não se é perfeito coisa alguma! Que de forma implacável e absolutamente necessária é esforço meritório combater estes ventos bucólicos que sempre cozinham a ideia de uma estupidez que não se deve combater a todos os instantes.

 

Por muito que se açoite o mensageiro porque infelizmente apenas acende as luzes para o lado mais frágil mas sempre muito afagado pelo pedantismo do "és um convencido! Não tens defeitos?", a verdade é que existe quem já esteja perfeitamente em paz com as suas incapacidade e jocosas imperfeições. A estes resta sempre o prazer do brinde final, do último expelir de fumo após fragrante refeição; um mundo inteiro, uma Terra com tantas esquinas, feitios e maneiras, mesmo assim, há quem se imagine inextricável na sua estupidez silenciosa e rastejante, sonhando que se trata de uma qualidade essencial à vida.







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