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Antes que termine o tempo, chegue a hora do pó e do que está finado, recorde-se sem a consciência pesada.

 

Os portões dourados do paraíso são um gelado de três camadas de chocolate negro que vão, no seu prazer, afogando os morangos e as amêndoas. A garganta deve gelar ao ponto da insensibilidade; mas é absolutamente obrigatório que a gargalhada ouvida seja de uma beleza sem descrição.

 

A liberdade suprema mora na importância; nasce quando a criatura deixa de se importar com o que é dito por todo o resto. Sentimentos de algo extraordinário são sempre bem-vindos, ainda que isso tenha um preço a pagar; já agora polvilhe-se tudo com cristais de egoísmo banhados com a fleuma de quem conhece portais ocultos de fuga.

 

O tempo mora na verdade da chávena de cevada quente e do pão encharcado na manteiga. Foi seguramente Satanás que o afirmou como lítio da alma, tal é a devassa pecadora em que se tornam. Mas não fiquemos por aqui, porque se reservam as sombras a um trago de Jack Daniels puro e sem direito a brinde. A escuridão e demónios surgem nas conversas entre poucos e semelhantes que se reconhecem na escassez dos dias.

 

Quando terminar o tempo, chegando a hora do pó finado, será de primordial importância concluir, sorrindo, que não houve atrasos e se chegou a tempo ao que importou.

 

O resto foram aldeolas onde os pensamentos não se esgotaram. E a vontade de ficar não existiu.







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