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É sempre um teste de absurda persistência escutar a convicção que bate no peito e se orgulha de ter encontrado o caminho certo. Como se de uma alameda se tratasse. Entre árvores frondosas que falam das glórias deste pavimento aquecido pelo calor do sol.

 

Por vezes, o observador atento nota as unhas tiranas da dúvida entre as palavras vestidas de certeza. Uma convicção aparentemente férrea, tão soberanamente sólida, crispa-se em agulhas. É breve esta monção que varre a certeza de um caminho certo. Se calhar, nem sequer importa muito, mas demonstra a mutilação necessária para a construção destes templos, frágeis silos.

 

Em momentos de escuridão, quando subitamente o caminho se encontra pejado de realidade viscosa porque os raios do sol queimam pelo norte e deveriam afagar vindos do sul, lamenta-se que afinal  tudo o que nos rodeia não seja nosso. Quase suscita uma piedade surda por estes convictos do caminho certo. O sabor da solidariedade consegue distorcer a vontade de escarnecer durante alguns momentos. Apenas por meros segundos.

 

Depois logo se dissipam as notas de conforto e compreensão.

 

 

 

 

 

 







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