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Acho bizarra a tendência quase subliminar que certas pessoas colocam na demanda de tentar conhecer a minha personalidade. Partem sempre de um pressuposto. Desde logo uma antecipação do que irão encontrar. Uma prova de instinto básico de análise que se revela sistematicamente um logro. Depois e já em frustração, cimentam teorias e conclusões que geralmente nunca me são favoráveis. E muito menos abonatórias.
A mim não importa. Mas interessam-me pelo que provoca nas pessoas que tentam conhecimento de outro sem um pingo de isenção e quando acompanhado por sintomas de frustração. Receio ser uma espécie de perigo a evitar para algumas almas de fraco entendimento mas ao mesmo tempo uma fonte de fascínio anormal. Talvez resida no facto de, ao contrário do que de mundano habita nas suas vidas, não conseguirem controlar a minha espiral. Não conseguir perceber como vai reagir alguém a estímulos habituais de causa-efeito é por demais frustrante! Porque força a uma saída precoce de zonas de conforto que tanta e tanta gente odeia abandonar.
Poderia tentar justificar certos hábitos supostamente impraticáveis e intoleráveis da minha personalidade. Mas porque deverei justificar? Prefiro recomendar que tentem o que eu tento - observar atentamente antes de emitir juízos. Engano-me muitas vezes. Mas também recupero tempo perdido e não me engano em iguais vezes! E lamentavelmente, quanto mais conheço mais padeço da ideia do quão lato é o instinto para a estupidez e preconceito humano.