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Conheço aquele sentimento que engana. Afirma que tudo estará bem. No futuro. E sei perfeitamente que não estará. Não agora. Basta olhar o espelho de frente que a questão surge. Creio que até já deixou de ser relevante. Já deixou de o ser. Marcado a ferros e de forma ironicamente permanente, a certeza de que sem outra pessoa não consigo subsistir. E a confirmação ( por estes dias, confirmar parece ser um alimento podre ...) de que cada vez mais não existe companhia na presença de outros. A falta de paciência já se tornou numa soturna companhia, pouco dada a mais necessidades que não sejam as de fazer com que o tempo se esvaia sempre mais depressa. E por cada minuto que me sinto acompanhado, tantas vezes densamente emersos em escuridão, depressa se confirma ( sim, confirmar, uma vez mais ...) que o resto dos dias serão aquele calvário antecipado, do choque traumático de quem se forçou a conviver com a solidão déspota e mesmo assim sempre soube que encontraria salvação em outros braços.