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Eu...
(999)
Deveria já estar habituado ao panorama humano do sexismo patriarcal, do abcesso que justifica a incapacidade do reconhecimento de quem envelhece e é destronada por sangue mais fresco, bradando injustiça e exigindo pedidos de desculpa - porque afinal é mãe e pretende provar o improvável: que a curva da idade não desce. Que ainda é uma força da natureza de topo.
Não estou.
Justificaria a minha incapacidade de aceitação. De aceitação, mesmo que piedosa, de quem se recusa a aceitar a derrota estampada nas evidências, dedo em riste, reduzindo a cinza o valor da sua oponente; mesmo que no cardápio desse dia se registe a sua humilhante derrota, falta de educação desportiva e a cretinice arrogante de alguém que não aceita inevitabilidades.
Não justifica.
A inconsequência humana é um asilo de velhos e velhas senhoras. Uma merda que sempre se reveste no prejuízo de quem se acha acima das leis da cínica natureza. Gosto dos que tentam iluminar as esquinas mais duvidosas e se apresentam sempre sabujos de ideias premeditadas como os biscoitos de nata da avozinha; a queda dos ídolos é sempre, mas sempre acompanhada por quem gosta de carpir sexismo, roubo injusto e ameaças veladas.
Bocejos.
Do discurso amargo da derrota só não constou a palavra da moda: racismo. Porque afinal, quem levantou o pé e esmagou sem apelo, é também meia negra. Imagino se fosse da minha cor! Voltou-se então a elite bem pensante e culta a transbordar "ai Jesus!" para o humor desenhado. Porque a caricatura nunca foi exagerar traços ao ponto do grotesco e com isso afirmar que nada, nada está acima do humor! Todos somos alvos. Gostemos ou não. Chama-se liberdade de expressão! Mesmo que desagrade ao terrorista e seu profeta, que pede cabeças e massacra editores em pleno local de trabalho. Ainda que muito aparente aborrecer quem determina o que é liberdade para si e pense fazer o mesmo com os outros.
* Suspiro!
Tudo causado pela incapacidade de vislumbrar incompetência pessoal.
Culpe-se o mundo.