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Eu ...
O ser humano é uma criatura estranha. Quando no estado mais puro de companhia, entre o êxtase do grupo e o uníssono da partilha comum, transfigura-se. Talvez assim se justifiquem as ideias que afirmam não sermos talhados para estar sós; morre o conceito da ilha deserta ou do lobo solitário. Comungar paixões tem sido revelador nos últimos meses. Talvez demasiadas vezes para os meus sentidos.
Assim tem sido comigo. Entre a descoberta da faculdade de respiração entre multidões e a aceitação de que por vezes se tornam necessárias as saídas urgentes de uma solidão que se torna venenosa na sua dependência, tudo tem sido revelador; tanto tem sido escrito e tanto tem sido negado. Nada permanece como antes. Nada.
Creio que apenas quando envolvidos nesta corrente, respirando na asfixia e intensidade destes momentos se atinge o que sempre procurei.
Saborear um caos tão distinto como fonte de alimento e sobrevivência.