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Reconheço em ti os fogos de Marte. Senhores Demónios do Inferno que alimentam os portões onde esperas. Eu aprendi banindo o passado. E reconheço que afinal - somos Legião! Mas apenas porque alimentas o fogo e provo do teu veneno escuro. Em minha consciência és terra. Na minha alma, entre ódio e batimentos de coração, concedes-me descanso e iluminas a estrada.
Deixo que, em notas suaves de obscuros vinhos, os bardos te tornem rainha. Atrevo-me ao brinde dos teus cabelos longos. Enquanto leio nos teus lábios as viagens da Estrela-Dragão. Em espanto - porque se vergam em ti os mestres da luz e as noites frias se tornam recantos de intenso calor.
Diz-me a minha alma que Marte te fez nascer para me pacificar. Que estranhas essências te alimentam. Que não és apenas mulher. Que o que está cravado nas minhas batalhas é o esculpir das névoas por onde sei que caminha a tua presença. E mesmo distante, advinhas o meu regresso delirante.
É estranha, esta mistela que me consome. Esta escuridão, com reflexos prateados. E quero estar onde estás. Assistir à queda destas paredes e falsos impérios com a solenidade de ter sido a tua escolha.