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Não é fácil para mim esquecer-me do virtuosismo que alimenta a chama de certas criaturas. Pela necessidade urgente da sua presença. Pela sua capacidade de incendiar a minha consciência. Incendiando os meus pensamentos e quando pressinto a conclusão e solução do seu virtuosismo, esmaga-me os sentidos, deixando-me incapaz. Estupidamente frágil.
Ironia das ironias, a necessidade de outro para caminhar. Um estranho artefacto, este, que comprime as memórias e me vai deleitando entre as horas de insónia. Estranha poção, esta, que alimenta o mais estranho cogitar, quando a hora deveria ser de descanso, e ainda assim, pacifica os sentidos.
É estranha a sua virtude. Capaz de se impor em mim pela força do seu rir, envolvendo-me em encantos que antes pensava conhecer, quando imaginava imunidade a um abraço, a um sussurrar que se tornou único ao meu escutar.
É neste saciar animalesco de sentidos que residem as suas virtudes. Na minha urgência que fique em mim. Que me aperte contra si e envolva os meus pensamentos.
E se estiver no seu virtuosismo a salvação?
Posso até sonhar com a redenção?